Novamente é necessário dar adeus, adeus a coisas que por um breve espaço de tempo pareceram eternas, dias que vivi  de forma intensa, na constante busca de que todos os fatos fossem memoráveis, inexplicáveis, eternos. Prometi a mim mesmo não chorar, não dizer que quero ficar para sempre, porque seria inútil, seria o momento em que me perguntaria: “ se era pra desistir, então porque lutei ate aqui?”.


Vai ser satisfatório, ver que valeu a pena ter vindo, que ao sair deixarei no adeus, a promessa do retorno, breve retorno, que para alguns, estando eu incluso nesta categoria, será demorado, mas talvez para estes, o retorno breve será tão confortante quanto o de mil anos longe.
Neste um mês, tive a impressão de muito ter aprendido, e reconheço que com cada um daqueles que julguei especial deixarei algo, nem sempre bom, mas deixei. Com alguns deixei a felicidade, o amor, à saudade, a força de seguir lutando. Deixei com outros a curiosidade, o mistério de quem eu realmente sou e do que eu apenas quis mostrar, a vontade do beijo que não foi selado, do eu te amo que não foi proferido e do vazio que foi deixado. Risadas, conversas idiotas, noites mal dormidas, beijos de boa noite, porres épicos, lagrimas compartilhadas.


Sei que talvez muitos de nos seguiremos caminhos diferentes, e não há nada de errado nisso, muito pelo contrario: é necessário. Mas agradeço o agora, agradeço tudo que fizeram por mim, em que vivemos o agora, sem a esperança de um amanhã feliz, das vezes em que o mundo inteiro acordava e nos dormíamos felizes abraçados ao hoje.


No mais, agradeço, e não especificarei meus agradecimentos, mas agradeço, a cada um, cada momento singular que me proporcionaram. Porque sim, graças a vocês, fui feliz e nada mais poderia me satisfazer, neste momento, em que com lagrimas nos olhos, procuro uma forma de concluir essas futilidades de uma madrugada, que antecede uma despedida.

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